Sunday, January 07, 2007
Wednesday, December 27, 2006
Al Di Meola 1/2
Numa noite em que os técnicos de som tiveram folga, Al Di Meola encantou pela meia hora dedicada a Piazzola, a provar que a recordação pode ser tão bela como os momentos já passados. Palmas no fim para o Sr. Gumbi Ortiz que deixou a nova cara do teatro circo a chorar por mais uns minutos de percussão.
Monday, November 20, 2006
Trofense - a ressaca do Rio Ave
"Os elementos do Trofense contestaram fortemente a arbitragem de Paulo Costa. O vice-presidente da turma da casa, Armando Martins, foi duro nos protestos. «Hoje, tal como sucedeu nos jogos com Penafiel, Santa Clara, Feirense, Leixões e Portimonense, fomos prejudicados, espoliados. Os ares da Ucrânia fizeram mal ao senhor Paulo Costa. Até parece que o jogo foi uma batalha campal. Chega de injustiças. Estamos com azia! A Comissão de Arbitragem tem de estar atenta ao que se passa. Não somos anjinhos, queremos que sejam justos», disse."
in, Abola
São seis jogos em dez jornadas! Prós lados da Trofa ninguém é anjinho;)
Venha o Guimarães, fraquinho..
in, Abola
São seis jogos em dez jornadas! Prós lados da Trofa ninguém é anjinho;)
Venha o Guimarães, fraquinho..
Friday, November 03, 2006
Wednesday, November 01, 2006
Sinfónica Nacional Checa, a orquestra 1/2
Como que 'caída do céu', a possibilidade de assistir pela primeira vez num ambiente distinto a uma orquestra, provou ser um bom serão. Melhor do que muitos. Para isso bastou terem tocado, entre outras, as obras do compositor Nino Rota com o comando do seu sobrinho, o Sr. Marcello Rota.
Num renovado (leia-se 'caríssimo') Theatro Circo com o cheiro a novo misturado com o mofo de alguma roupa de gala, foram tocados medleys de várias obras do Sr. Fellini - "Os Inúteis", "A estrada da vida" e o fantástico mundo de Federico Fellini, "Amarcord", "O Leopardo" de Luchino Visconti, e uns dez magníficos minutos ao som de "O Padrinho" do Coppola em que gentilmente afagava o pêlo a um gato persa imaginário sentado no meu colo.
Uma noite agradável completada pela vitória do Futebol Clube do Porto em que o ponto menos bom foi a alteração dos planos resultando na ausência dos clássicos de "Romeu e Julieta".
Num renovado (leia-se 'caríssimo') Theatro Circo com o cheiro a novo misturado com o mofo de alguma roupa de gala, foram tocados medleys de várias obras do Sr. Fellini - "Os Inúteis", "A estrada da vida" e o fantástico mundo de Federico Fellini, "Amarcord", "O Leopardo" de Luchino Visconti, e uns dez magníficos minutos ao som de "O Padrinho" do Coppola em que gentilmente afagava o pêlo a um gato persa imaginário sentado no meu colo.
Uma noite agradável completada pela vitória do Futebol Clube do Porto em que o ponto menos bom foi a alteração dos planos resultando na ausência dos clássicos de "Romeu e Julieta".
Tuesday, October 31, 2006
Friday, October 20, 2006
Pearl Jam - 04/09/2006 - 1/2
Poderia ser agora bastante tarde para postar um comentário sobre o concerto do dia 4 de Setembro. Já passaram bastantes dias e o vulgar "muito aconteceu depois disso" aplica-se também aqui. Tivesse sido um concerto vulgar e estas palavras quase um mês depois não seriam escritas nunca. Mas não o foi.
A passagem dos Pearl Jam por Portugal sempre foi para mim uma questão de tempo. Era apenas uma contagem temporal decrescente que me separava de uns Pearl Jam resistentes ás mudanças sonoras. Dia quatro de Setembro a contagem acabou quando os primeiros acordes da Waisted Reprise se fizeram sentir. O resto é história. Poderia ser uma história mais uma vez vulgar daquelas que se esquecem com o tempo. Mas a noite foi marcada por uma cumplicidade que vai para além da música. Uma ergonomia entre o público e os homens em palco que, a cada música, modificavam o ponto alto da noite. Um Eddie Vedder renascido, com um "português papal", levou ao rubro um público que pedia para que o relógio não ditasse as regras. Duas horas e meia de uma banda que nunca poderá editar um Best Of pois, tal como no concerto do dia 4, é injusto deixar obras de arte fora da apupo global.
A noite foi dada a guitarras fortes e a uma bateria explosiva. Até ao primeiro contacto verbal com o público já algumas pérolas tinham sido tocadas e nem tempo havia para pensar "fogo.. tocou esta" já que logo a seguir viria outra, outra e mais outra. Foi um início sufocante só comparável ao saudável "tira o pé do chão" brasileiro. Life Wasted, Animal e Corduroy trataram de deixar um claro "Olá nós somos os Pearl Jam e somos como o vosso vinho do Porto". E é bem verdade. Qual Mick Jagger, o Sr. Eddie Vedder deixou claro que, apesar de relaxar a voz em alguns refrões, estava cá para as curvas e em momento algum falhou o seu papel provando também ser um admirador dos solos dos seus companheiros e de maduro tinto.
Nessa noite o coração só bateu para aquele concerto. Nada mais haveria para além da música e de um pavilhão apinhado de corpos de todas as idades, a provar que o Grunge pode ser órfão mas está vivo. Muito vivo.
E de músicas ouvidas até à exaustão, mas que ali tocadas, a poucos metros de distância, soavam a todos os momentos de uma vida, foi passando o serão até ao momento em que o pavilhão pára para ouvir um Eddie no meio do público a cantar as primeiras sílabas da Last Kiss seguido de três minutos de vida longe das lutas diárias. Pelo menos diziam os olhos dos que estavam ao meu lado. Para mim foi uma surpresa agradável. A música menos Pearl Jam ali, tão perfeita como a noite ao lado de uma Black com um "we belong together" que deixou o pavilhão a agradecer o ar que se respirava.
Mas desde o primeiro acorde que o tempo estava contado e já com as luzes do pavilhão acesas tocaram The Who e eu dei por mim, calminho, a gritar "teenage wasteland" no fosso com um tipo igual a mim. Sim, a vida também pode ser perfeita por pouco mais de duas horas.
A passagem dos Pearl Jam por Portugal sempre foi para mim uma questão de tempo. Era apenas uma contagem temporal decrescente que me separava de uns Pearl Jam resistentes ás mudanças sonoras. Dia quatro de Setembro a contagem acabou quando os primeiros acordes da Waisted Reprise se fizeram sentir. O resto é história. Poderia ser uma história mais uma vez vulgar daquelas que se esquecem com o tempo. Mas a noite foi marcada por uma cumplicidade que vai para além da música. Uma ergonomia entre o público e os homens em palco que, a cada música, modificavam o ponto alto da noite. Um Eddie Vedder renascido, com um "português papal", levou ao rubro um público que pedia para que o relógio não ditasse as regras. Duas horas e meia de uma banda que nunca poderá editar um Best Of pois, tal como no concerto do dia 4, é injusto deixar obras de arte fora da apupo global.
A noite foi dada a guitarras fortes e a uma bateria explosiva. Até ao primeiro contacto verbal com o público já algumas pérolas tinham sido tocadas e nem tempo havia para pensar "fogo.. tocou esta" já que logo a seguir viria outra, outra e mais outra. Foi um início sufocante só comparável ao saudável "tira o pé do chão" brasileiro. Life Wasted, Animal e Corduroy trataram de deixar um claro "Olá nós somos os Pearl Jam e somos como o vosso vinho do Porto". E é bem verdade. Qual Mick Jagger, o Sr. Eddie Vedder deixou claro que, apesar de relaxar a voz em alguns refrões, estava cá para as curvas e em momento algum falhou o seu papel provando também ser um admirador dos solos dos seus companheiros e de maduro tinto.
Nessa noite o coração só bateu para aquele concerto. Nada mais haveria para além da música e de um pavilhão apinhado de corpos de todas as idades, a provar que o Grunge pode ser órfão mas está vivo. Muito vivo.
E de músicas ouvidas até à exaustão, mas que ali tocadas, a poucos metros de distância, soavam a todos os momentos de uma vida, foi passando o serão até ao momento em que o pavilhão pára para ouvir um Eddie no meio do público a cantar as primeiras sílabas da Last Kiss seguido de três minutos de vida longe das lutas diárias. Pelo menos diziam os olhos dos que estavam ao meu lado. Para mim foi uma surpresa agradável. A música menos Pearl Jam ali, tão perfeita como a noite ao lado de uma Black com um "we belong together" que deixou o pavilhão a agradecer o ar que se respirava.
Mas desde o primeiro acorde que o tempo estava contado e já com as luzes do pavilhão acesas tocaram The Who e eu dei por mim, calminho, a gritar "teenage wasteland" no fosso com um tipo igual a mim. Sim, a vida também pode ser perfeita por pouco mais de duas horas.